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APRENDENDO APRUMAR O PAPAGAIO – Parte 1

Qualquer garoto, da capital ou do interior, sabe, para se aprumar um papagaio é preciso que haja vento e é preciso descobrir para qual direção o vento está soprando.
Qualquer seguidor de Jesus, maduro ou imaturo, sabe, o Espírito Santo frequentemente é associado ao vento (de fato, no idioma que o novo testamento foi escrito: o grego, a palavra para Espírito, pneuma, significa, primariamente, vento).
Este estudo fala sobre como perceber e entender a direção do Vento no lugar onde nós estamos: nossa casa, nossa escola ou trabalho, nossa comunidade, nosso bairro, nossa cidade, nosso país, o mundo; a fim de que possamos aprumar nosso papagaio, entenda-se: nos posicionar-nos na direção do Vento.
E isto é muito, muitíssimo importante! Não só porque há um clamor nas Escrituras para sermos guiados pelo Espírito, mas pelo momento que vivemos, nós os brasileiros.
Para quem não sabe, no inicio da década passada, houve algumas vozes proféticas que proclamaram que a nação brasileira seria uma potência econômica mundial, bem como um celeiro de profetas missionários para diversas nações.
Hoje, o Brasil caminha a passos largos para se tornar um dos cinco países com maior economia do mundo. É um país respeitado e reconhecido economicamente.
Podemos ver nisso o inicio do cumprimento de parte da promessa sob nós profetizada a dez anos atrás. É obvio. 
Obvio também que se estamos experimentando parte da promessa: o Brasil será uma potência econômica mundial; experimentaremos a outra parte: o Brasil será um celeiro de profetas missionários[1].
Contudo, vislumbro a necessidade de entendermos como devemos nos posicionar para quando e quando o vento do Espírito soprar no Brasil, enviando-nos às nações.
Precisamos aprender a perceber e entender as movimentações do Espírito, sob pena de não estarmos corretamente posicionados para o tempo que Ele soprará sobre o Brasil (e não só isso, se percebermos e entendermos as movimentações celestiais, seremos os atores que trarão à terra o cumprimento total da promessa missionária à nação brasileira).
Este estudo nasceu numa visão que tive alguns dias atrás.
Assim que iniciei meu momento de oração particular vi um sistema de antena parabólica. Para quem não conhece, o sistema de antena parabólica é muito utilizado em regiões do Brasil onde não há antenas, públicas ou instaladas pelas próprias emissoras, que emitem sinais de televisão para aquela região. Funciona basicamente assim: uma antena é direcionada para um satélite emissor de sinais de televisão, os sinais são captados e decodificados e através de um cabo conectado ao aparelho de televisão a programação das emissoras disponível através daquele satélite é reproduzida no aparelho de televisão conectado pelo cabo.
Enquanto meditava sobre esta visão, fui ministrado pelo Espírito Santo que um sistema de antena parabólica ilustra bem a seguinte realidade espiritual: a capacidade da Igreja de captar as movimentações dos céus e reproduzi-las na terra.
Entendi que a antena do sistema é como a nossa mente. Quando direcionamos nossa mentalidade para as coisas do alto, quando colocamos nossos pensamentos em entender as realidades espirituais que diariamente nos cercam, quando passamos a meditar nas coisas para entender qual sua origem e/ou causa e o que realmente elas significam, o nosso espírito começa a captar os “sinais” dos céus.
Entendi também que o aparelho de televisão é como a nossa capacidade intelectual e comunicativa. Quando nosso entendimento é conectado aos sinais emitidos das regiões celestiais ao nosso espírito, somos capazes de entender e transmitir a “programação celestial”.
Entendi, por fim, que esta conexão se dá por meio da oração.
Assim, quando orientamos nossa mentalidade para as coisas do alto, repisa-se: quando colocamos nossos pensamentos para entender as realidades espirituais que diariamente nos cercam, quando passamos a meditar nas coisas para entender qual sua origem e/ou causa e o que realmente elas significam; ao nos conectarmos em oração teremos revelação, para nós e para as pessoas que nos cercam (um aparelho de televisão reproduz imagens e sons que podem ser percebidas por diversas pessoas, não é mesmo?).
Importante frisar neste ponto que me refiro à oração verdadeira, conforme ensinada nas Escrituras, e não a fala de palavras vãs.
Logo, se temos revelação, entenda-se revelação como a capacidade de perceber e comunicar o que está acontecendo no mundo celestial, perceberemos o movimentar, desde o inicio, do  vento do Espírito que enviará os profetas missionários brasileiros às nações e poderemos nos posicionar adequadamente na direção do Seu soprar.
E para que o ensino não se fundasse numa visão, o Espírito do SENHOR confirmou, nos dias imediatamente seguintes à visão, através das Escrituras, a confiabilidade desta realidade espiritual.
A porção das Escrituras a qual me refiro narra uma pequena parte do ministério terreno de Jesus. Registrada por Mateus, Marcos e Lucas[2], inicia-se com a segunda multiplicação de pães e peixes e termina na revelação da Divindade de Jesus ministrada pelo Pai ao apóstolo Pedro.
Diz as Escrituras que Jesus, auxiliado por seus discípulos, deu de comer a uma multidão de pessoas (talvez cerca de 10 mil), mediante a multiplicação miraculosa de sete pães e alguns peixinhos.
Após este milagre, continua a narrar o texto bíblico, Jesus atravessou o mar da Galileia junto com seus discípulos em direção a uma região chamada Dalmanuta. Relata ainda, a palavra de Deus, que lá chegando, Jesus foi cercado por um grupo de fariseus e saduceus, fiéis seguidores dos mandamentos de Moisés, os quais pediram veementemente que Ele lhes desse um sinal do céu. Continua contando, os registros bíblicos, que Jesus, na presença de seus discípulos, reprendeu o grupo de fariseus e saduceus mais ou menos com estas palavras[3]: vocês são uns fanfarrões; sabem muito bem discernir se o tempo estará bom ou ruim pela aparência do céu, mas não conseguem discernir os céus; por isso não entendem o que o Espírito está fazendo e ficam pedindo um sinal; não entendem o movimentar dos céus porque sua mentalidade está na terra.
Após este incidente, Jesus, junto com seus discípulos, novamente atravessou o Mar da Galileia, agora em direção a Betsaida. Atesta a Escritura, que durante a travessia, Jesus exortou seus discípulos a se guardarem do fermento dos fariseus e dos saduceus. Os discípulos, por sua vez, começaram a discutir entre si se era porque eles não tinham trazido, senão um só pão na viagem, que Ele lhes dissera aquilo. Jesus, sabendo do que eles conversavam, os repreendeu de forma rígida, mais ou menos assim³: vocês são uns fanfarrões; acabamos de alimentar uma multidão com sete pães e alguns peixinhos e vocês ainda ficam questionando se é porque vocês trouxeram apenas um pão na viagem que lhes disse: se guardem do fermento dos fariseus e dos saduceus; vocês estão pensando de forma terrena, como os fariseus e saduceus, por isso não entendem o que realmente estou lhes dizendo; direcionem sua mentalidade para as coisas dos céus, parem de pensar nas coisas pela perspectiva terrena, para que possam entender as coisas que lhes digo e mostro.
Após chegarem a Betsaida, a narrativa bíblica diz que Jesus e seus discípulos foram para a região de Cesáreia de Filipe. No caminho para lá, se retiraram e foram orar. A Bíblia relata que quando oravam Jesus questionou a seus discípulos quem o povo dizia que Ele era? Então eles lhes responderam: João Batista ou Elias ou Jeremias ou outro dos profetas. Em seguida, perguntou-lhes: e vocês, quem dizem que Eu sou? Pedro respondeu: o Cristo, o Filho do Deus Vivo. Jesus então disse: Pedro você teve uma revelação dos céus.
Podemos perceber nesta narrativa bíblica, que os discípulos, após serem orientados por Jesus a pensar nas coisas do alto e se conectarem em oração, receberam uma das maiores revelações da história: Jesus era o Messias.
Confirma-se assim o que vi em visão: se orientarmos a nossa mente a pensar nas coisas sob uma perspectiva do alto, buscando entender a realidade dos fatos, questionando as causas e origens das coisas que acontecem a nossa volta, meditando sobre isso, procurando entender o que as coisas de fato significam; ao nos conectarmos em oração, teremos revelação: começaremos a entender o que os céus estão fazendo, como os céus estão se movimentando, para qual direção o vento está soprando (é, quando, penso eu, poderemos usar as chaves dos céus, liberando e proibindo, na terra, movimentações).
Ai, poderemos aprumar nosso papagaio.  


texto de:
Marcos Luis Simões 



[1] A quem entenda que esta segunda parte também já está se cumprindo.
[2] Mateus 15:32-16:20; Marcos 8: 1-30; Lucas 9:18-20
[3] Ampliação do texto bíblico original objetivando melhorar o entendimento do leitor.

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